sábado, 26 de dezembro de 2009

Análise

Quando a informação
.
é para desinformar

Tá lá no Blog da Míriam Leitão que o governo federal gastou muito e gastou mal. Que a Míriam é do tipo que fala e escreve besteiras pelos cotovelos, isso a gente já sabe, mas ela escreve para um jornal como O Globo e que este deveria primar pela informação coerente para ganhar credibilidade junto aos leitores. O problema é que o jornal também já decidiu que vai tentar fazer de José Serra o próximo presidente e não está nem um pouco preocupado com o que é veiculado ali, desde que seja contra o governo, publique-se!

Míriam disse:

"O presidente Lula disse aos jornalistas que na mensagem de Natal vai incentivar os brasileiros a investir. Deveria seguir o conselho que dá. Segundo o site Contas Abertas, dos R$ 54,4 bilhões previstos para investir em 2009, o governo só usou US$ 11,9 bilhões, 22%. Se contar o que pagou das contas dos anos anteriores, chega a 56%. O governo gastou muito e investiu pouco."

Vamos fazer uma análise desse pequeno parágrafo e verificar os números apresentados pela autora do artigo? Bem, ela começa dizendo que estavam previstos R$ 54,4 bilhões para investimentos em 2009. Quero chamar a sua atenção para o valor. Note que a economista utiliza em moeda brasileira, ou seja, 54 bilhões e 400 milhões de REAIS para investimentos. Mas, mais adiante ela disse que o governo só usou US$ 11,9 bilhões o que equivale 22%. Perceberam que ela agora utilizou os valores em moeda americana? Ela disse que o governo gastou 11 bilhões e 900 milhões de dólares. Claro, se você adotar a regra de três para percentualizar os valores, 11,9 é igual a 21,875% de 54,4. Mas há um erro grotesco aqui para quem se diz ECONOMISTA e faz comentários econômicos. Antes de se apurar o percentual gasto, ela precisa converter os 11,4 bilhões de dólares para a moeda nacional. Vamos fazer isso por ela?

Para este cálculo, vamos adotar a cotação do dólar a R$ 1,75.
Então,

11,9 multiplicado por 1,75 é igual a 20,825.

Então em moeda nacional o governo gastou R$ 20,825 bilhões.

Agora, multiplicamos 20,825 por 100 e dividimos pelos 54,4 que é o montante previsto.

20,825 x 100 = 2.082,5
20.082,5 / 54,4 = 38,281

Analisando estes números encontramos como resultado 38,2%. Ou seja, o governo gastou 20,825 bilhões de reais, ou 38,281%, dos 54,4 bilhões de reais que estavam previstos. Por que razão Míriam fraudou os números informando valores inexatos? Com que intenção ela fez isto? E por que o jornal com a estirpe d'O Globo permite publicações que deturpam a realidade?

Cuidado com o que lêem

O governo federal sancionou Lei que cria novos cargos públicos a serem preenchidos por concurso público. O Globo, a Folha de São Paulo, a Veja, o Estadão e outros jornalecos começarão uma campanha pública contra o aumento dos gastos pela União (governo federal). Só que o governo vai inaugurar universidades federais e escolas técnicas e para elas serão necessários a contratação de professores, diretores, pessoal de apoio etc. O que estou chamando a atenção dos leitores é sobre a intencionalidade contida na informação que visa mais a desinformar que informar, ou alguém imagina uma universidade sem professores?

Na matéria eles chamam as despesas como "farra de gastos". Na coluna do Noblat ele reproduz isso com satisfação, com a clara intenção de pegar os incautos e influenciar nas suas decisões eleitorais em 2010.

Em trecho da matéria diz:

"A "farra" de aprovação desses cargos partiu de projetos do Executivo e do Judiciário, que receberam a chancela da Câmara e do Senado."

Embora em outro trecho eles deixam claro que

"Grande parte das novas vagas no Executivo é para a estrutura de universidades e escolas técnicas que estão sendo criadas."

Mas a manchete é indutiva, ela tem o caráter de conduzir o leitor a ter uma opinião convergente com o editor do jornal. É por isso que não podemos nos prender a uma informação apenas, mas buscar o fundamento do fato para identificar as intenções contidas na informação. No Globo, chegamos a conclusão de que mais desinformam que informam. Será que vale a pena ler o Globo?

sábado, 19 de dezembro de 2009

Serra não estava lá

Foto: AFP
LULA, OBAMA e DILMA: negociações em Copenhague

Esta imagem jamais aparecerá no Globo, no Estadão, na Veja, na Folha. Nela José Serra não aparece!...

Esta imagem é o motivo de tanto ódio dessa oposição sem destino, sem discurso. Uma oposição cheia de preconceitos e desesperada.

Lá, em Copenhague, LULA foi considerado um articulista que renderia um acordo para o encontro que não tinha nenhuma perspectiva de resultar em alguma coisa.

Enquanto São Paulo sucumbe emergido em águas poluídas, o governador de São Paulo visitava Schwarzenegger, governador da Califórnia (USA). Serra mandou baixar as compotas que fecham o desague na marginal Tietê, o que provocou o alagamento em bairros inteiros, atribuindo a culpa do Caos à Deus.

Se comparar, não dá outra. Tem ventos que dizem que uma pesquisa encomendada pelos Demo (cratas) da Bahia Dilma já aparece com 7 pontos à frente de Serra. Os jornalões que defendem a moral, os bons costumes, se calaram.

O povo, que não é bobo, já tem uma resposta na ponta da língua, ou melhor, dos dedos.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

artigo

Bolsa Família diminui

pobreza no Brasil

Mac Margolis da Newsweek diz que milionário americano copia programa brasileiro


Jornalista americano diz que o “Brasil se destaca por seus pobres estão crescendo mais rápido do que qualquer outra classe social”. Aqui entra a explicação do por que? algumas centenas de pessoas estão desesperadas e são contra o programa implementado no governo LULA. Não é concebível, para elas, que as pessoas das classes D e E tenham adquirido poder de compra, acesso aos bens e serviços que até bem pouco tempo era privilégio de alguns. O jornalista acrescenta em seu artigo que “Entre 2003 e 2008, os 10 por cento dos brasileiros tem 11 por cento mais ricos, enquanto o décimo fundo viu seu lucro saltar 72 por cento. A desigualdade caiu 5,5 por cento desde 2003”.

Margolis diz que especialistas do mundo inteiro começam a olhar para o modelo brasileiro como exemplo para o mundo. Disse ainda que o crescimento na China e na Índia são muito melhores que o do Brasil, mas que acentuam as desigualdades. No Brasil, o crescimento não chega aos níveis da China e da Índia, mas são consistentes e tem objetivo de erradicar a pobreza até 2015.

Ele também ressalta o ganho real que o salário mínimo teve no período do presidente LULA e finaliza o seu artigo dizendo que o bilionário novaiorquino Mike Bloomberg percebeu os benefícios do programa Bolsa Família e que o exemplo brasileiro se espalha pelo mundo. No Brasil o programa atende a 55 milhões de pessoas.

Leia o artigo em: http://www.newsweek.com/id/224678

sábado, 5 de dezembro de 2009

BLOGUEIROS CONTRA A
.
IMPRENSA PODRE

Uma nova forma de fazer jornalismo, já apelidada de "porcalismo", está sendo combatida de todas as maneiras pelos blogueiros do país.

Na semana passada o blogueiro Eduardo Guimarães (Cidadania.com) convocou uma manifestação em frente à sede do jornal Folha de São Paulo para protestar pelo péssimo jornalismo que vem praticando, publicando cartas que difamam a imagem do presidente LULA e manipulando informações com claras intenções de promover um combate ao governo do PT.

A manifestação ocorreu neste sábado (5/12), às 10 horas, e contou com a presença de cerca de 100 manifestantes. Além do blogueiro que leu um manifesto, outros se manifestaram publicamente.

Foi um protesto espontâne, pacífico e com um objetivo claro: mostrar que a Folha de São Paulo, a Veja, o Estadão, o UOL, Organizações Globo, como importantes veículos de informação nacional, não deviam fazer o porcalismo que vem fazendo.

Já um outro (Antonio Arles) foi admoestado recentemente por uma representante do escritório de advocacia que defende o grupo Folha (Folha de São Paulo e UOL). Uma comunicação extra-judicial pedia que o blogueiro retirasse da internet mensagens de campanha para que assinantes cancelem as assinaturas de ambos os veículos. O Blog no Mello escreveu em seu artigo publicado hoje (5/12):
O Grupo Folha não vê problema em expor uma ficha falsa da ministra da Casa Civil e candidata do presidente Lula a sua sucessão, Dilma Roussef, na primeira página de um domingo, acusando-a de participar de ações terroristas. Não vê problema também em abrir uma página inteira para Cesar Benjamim expor seus fantasmas político-sexuais (à espera de um Wilhelm Reich) e acusar o presidente Lula de estuprador. Acha também perfeitamente natural chamar de ditabranda a ditadura que sequestrou, torturou e matou inúmeros brasileiros. Mas a Folha e o UOL não gostam de virar vidraça (Blog do Mello, 2009).
Eu não sei se a campanha é legal ou não. Da mesma forma que eles fazem campanha para obter assinantes, àqueles que se opõem, a meu ver, tem o direito de fazer campanha contra. Não é só uma questão de domocracia não. É, também, uma questão de cidadania. Publicar inverdades, como a tal carta de um tal César Benjamim, cheia de mentiras sórdidas, e, assim como diz Mello, um falso dossiê contra uma pessoa pública por questões eleitorais, nos dá o direito de dizer para as pessoas que esses órgãos são mentirosos e não merecem a atenção que buscam. Se eles têm o direito de, em nome do porcalismo que fazem, publicar o que querem, por que não temos o direito de manifestar nosso descontentamento fazendo uma campanha contrária à esse tipo de jornalismo?

Como blogueiro e jornalista, as imagens estão aí, não é meu interesse fazer campanha contra, mas informar aos visitantes do Blog que há uma campanha corrente na blogosfera (Será que não tenho o direito de informar sobre isso também?), que provoca uma inquientação nos veículos que deturpam as informações.

Dias desses, eu ouvi no canal de TV do governo federal o LULA falando que a liturgia do cargo não admitia que ele fizesse um julgamento das pessoas públicas e, portanto, as imagens de corrupção do mensalão DEMOCRATAS não falavam por si. Ora, o que LULA disse é que não pode dar um veredicto antes do final das investigações, mas todos esses canais já citados, tentaram passar para o público em geral que LULA tentava inocentar o governador Arruda. Isso é uma fraude! Um abuso! E não temos o direito de protestar contra esse porcalismo? Sei não. Acho que eles não entenderam que as mudanças em curso exige uma postura mais racional. Afinal, eles já não estão mandando como mandavam antes de LULA.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Inocente ou Astuto?

Ricardo Linhares, novelista da globo, aplicando na prática a cartilha do chefe Marinho.

Fiquei alguns dias sem internet e isso se deu porque a tal OI é uma porcaria de operadora. Infelizmente, na baixada ela é absoluta e exclusiva, não temos alternativa. Estou de volta agora e me deparei no primeiro dia deste mês com um artigo do Ricardo Linhares, novelista da globo, no jornal “O DIA”, outro panfleto de oposição ao governo federal.

Ricardo Linhares é um desses globais que segue fielmente a cartilha do Irineu Marinho, dono da Globo. Nesse artigo ele começa com uma ilação irremediavelmente correta. Diz ele que o presidente tem o direito de receber o visitante que quiser e, àqueles que se opõem a visita que protestem. “Afinal”, diz ele, “vivemos uma democracia”. Nisso não há o que discordar.

Entretanto, mais adiante, um trecho do seu artigo me chamou a atenção. Trata-se de uma leitura que o novelista faz da situação política vivida por Honduras até domingo último, quando houve um processo eleitoral. Nesse trecho, diz Linhares, que “o presidente golpista Manuel Zelaya foi deposto. O governo interino convocou eleições. Orientado por Chávez, Lula hospedou Zelaya na embaixada brasileira e criou o caos no país”.

Puxa! Quanta coisa pra se discutir com tão poucas palavras!

Em primeiro lugar, há uma inversão de conceito quando o autor diz que o “golpista” foi deposto e um governo “interino” convocou eleições. Essa leitura foi a mesma que as organizações Globo, a Folha, o Estadão, a Veja e outras mídias declaradamente de oposição ao governo federal vem fazendo nas últimas semanas. Ora com um pouco de juízo, como foi o caso da Míriam Leitão que “descobriu” que Zelaya sofreu um golpe, ora com muita raiva da posição brasileira que não se curva à ideologia estadunidense. Eu vou aproveitar a ilação desta colonista (de adepta a que o Brasil seja colônia dos norte americanos) para dizer que a leitura do Linhares, e por conseqüência, dos demais órgãos citados, é equivocada. Golpista, como disse Míriam, foi quem mandou colocar a baioneta no peito de Zelaya e obrigá-lo a deixar a presidência e o país sob pena de morte. Zelaya foi vítima de golpe e não o contrário, como quer nos convencer o novelista.

Ele vai adiante e diz que o “governo interino convocou eleições”. Não há incoerência no discurso do “pau-mandado”, mas inverdade no que escreve. Ele deveria escrever o governo "golpista" convocou eleições, talvez para legitimar o golpe. Depois o absurdo! Lula provocou o caos em Honduras porque deu asilo à vítima do golpe na embaixada brasileira! Fala sério, Linhares! O caos, se é que houve caos, foi provocado pelos golpistas e não pelo presidente LULA. O que os colonistas queriam era que LULA se rendesse à política imperialista que eles querem impor na América Latina, sempre em favor dos Estados Unidos. Eles não perceberam, mas os tempos são de mudanças históricas no mundo. As pessoas que deixaram de ser completamente ignorantes, politicamente falando, estão dando novos rumos a política nacional e internacional. Por isso um ex-guerrilheiro foi eleito no Uruguai. É disso que eles tem medo. Da mudança. Do novo. Da esperança. O mundo está mudando com uma inversão nas prioridades e, coitados deles, já não determinam as diretrizes como antes. No fundo, são todos Regina Duarte com verdadeiro pavor da diminuição das desigualdades.

Como cientista político, Linhares é um excelente novelista.