terça-feira, 14 de abril de 2009

Manor, de Carolina Pinheiro
Como todo pai apaixonado por seus pupilos, eu sou daqueles corujas que vêem beleza em tudo que meus filhos fazem em favor do conhecimento. Mês passado fui chamado por minha filha Carolina Pinheiro para lhe ouvir seus lamentos, os que não me convém expô-los aqui, e nesse dia eu conheci uma particularidade dela que muito me encantou.

Minha menina, que vai completar seus 15 anos no próximo dia 30, abriu uma pasta onde continha vários desenhos seus e me mostrou. Fiquei impressionado com a capacidade dela de desenhar; traços firmes, expressões, perspectivas, proporcionalidade, linearidade, detalhista etc. Muito criativa, embora seus desenhos apresentam inspiração nos desenhos orientais, ela foi capaz de criar novos personagens e criar histórias com ele.

Segundo ela é preciso lê-los de cima para baixo e da direita para a esquerda, pois se tratam de mangás¹. Até onde percebi, eles não tinham cores; mas isso não importa! O que importa mesmo é o que é possível extrair desse conhecimento que ela internalizou de modo divertido e prazeroso para introduzir novos conhecimentos. Lembrei-me do artigo Autobiografia: construindo temas para pesquisa social já publicado neste blog. Nele eu falo que quando criança eu fazia meus jornais manuscritos, desenhava meus personagens para representar as fotos que ali deveriam estar, e que ninguém, nem da família nem da escola, se importou com o que eu queria fazer para, a partir dali, mediar novos conhecimentos.

Daí que eu não resisti e pedi a ela que escaneasse o material e publicasse num blog seu, no que ela argumentou não querer um blog neste momento, já que não teria como mantê-lo atualizado com coisas novas, e propôs-me publicar aqui mesmo, no meu blog. Feito isso, ofereci a ela a oportunidade de se trabalhar pela primeira vez com o PhotoShop, um poderoso editor de imagens, e ela se ambientou com ele facilmente.

Nosso tempo foi curto, mas ela vai continuar a trabalhar com essa ferramenta para os outros trabalhos dela. Depois, vamos continuar a fuçar tudo o que a Rede Mundial de Computadores pode proporcionar para a juventude em termos de aprendizado. Quero fazer ela diminuir o tempo no Orkut e aumentar o tempo em outras áreas que proporcionem conhecimentos novos. Além disso, tem a questão textual. Ela já apresenta argumentos bastante interessantes. São histórias que surgiram da sua rica cabecinha e que deu vida aos personagens que criou; apresenta palavras que estão rareadas no vocabulário da juventude nesta faixa etária. A partir dessa bagagem prévia, e para ampliar o vocabulário dela, eu a desafiei a escrever a história do João do Santo Cristo² já brilhantemente cantada na voz de Renato Russo (1960-1996).

Esse desafio logo, logo nós teremos uma resposta ainda neste blog. Antes disso, temos que começar mostrando o que ela já fez e que submete-os a apreciação de todos e todas.
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(¹) Mangá: história em quadrinhos estilo japonês.
(²) Faroeste Caboclo: música cantada pela Legião Urbana. Letra de Renato Russo.
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Se desejar ler a história, clique sobre as imagens e aguarde carregar a página.
capa


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