quinta-feira, 29 de abril de 2010

Oposição usa internet para pedir voto nulo

O VOTO NULO NÃO ANULA A CORRUPÇÃO

Qual o papel do voto nulo? A meu ver, perpetuar um estado de coisas. Neste momento, a quem interessa o voto nulo? Ao grupo PSDBDemoPPS. É claro! Jogando com esse discurso de que voto nulo é um direito e que vai forçar uma nova eleição é uma balela que tende a desmobilizar os menos politizados.

O Demo, por exemplo, está perigando ser extinto, palavras do próprio presidente da legenda Rodrigo Maia.

O PPS não é outra coisa senão uma legenda alugada ao modelo neo-liberal, colonista estadunidense e entreguista capitaneado pelo PSDB. Quem é o PPS senão a figura do Roberto Freire, patética figura no governo de São Paulo? Qual o projeto desse partido para o País? Eles defendem exatamente o quê?

O Demo, do deputado "anão" JC Aleluia (será que se lembram do escandalo dos anões do orçamento?), que usa um texto publicado ano passado por Danuza Leão (?) e atribui sua autoria à Marília Gabriela, uma jornalista de prestígio, para semear o medo de Dilma Rousseff à la Regina Duarte; do governador Arruda, preso por corrupção ativa, é o mesmo PFL que mudou de nome para esconder seu comportamento desastroso para o Brasil e fingir que aquele monte de corruptos deixou de existir com a extinção da legenda.

Ora, esses caras podem sair dali e ir para qualquer legenda, ou fundar um novo partido, que jamais deixarão de ser quem são. Eles que ficaram no poder por todo o tempo da ditadura militar e pelos anos seguintes do regime democrático até o início do governo LULA, que mantiveram milhares de milhares de pessoas abaixo da linha da miséria, que venderam maior parte do patrimônio público à iniciativa privada a preço de banana, que tomaram milhares de hectares de terra pelo Brasil afora e legitimaram as favelas e a miséria absoluta, estão com previsões de amiudamento no Congresso Nacional, o que significa poucos votos. Como é que eles aumentam suas possibilidades? Pregando o voto nulo. Quanto menor o número de eleitores nas urnas, maiores suas chances de garantirem sobrevivência.

Também não acredito em "melhores propostas". Elas existem em todos os partidos e candidaturas. Quem seria louco de anunciar que vai lutar para perpetuar a imunidade para os corruptos e os bandidos do colarinho branco? Quem seria louco de dizer que vai congelar salários, aumentar os juros para conter a inflação ou isso e aquilo? Quem seria louco de dizer que vai privatizar a Petrobrás? Eles não dizem, mas sabemos quem são os loucos que no discurso negam essas coisas, mas praticam no exercício do mandato. Para se escolher um candidato, além das propostas, é preciso investigar o curriculo do candidato e do partido que o permite pedir votos.

O que o VOTO NULO garante de fato?

Qual recomeço ele propõe?

Ora senhoras e senhores, o voto nulo garante uma nova eleição e o recomeço de uma nova campanha política. E daí? Vamos ter candidatos novos? Os que foram rejeitados no primeiro momento serão impedidos de se candidatarem novamente? Nada disso. Serão os mesmos partidos com os memos candidatos até que se consiga a maioria simples para legitimar o pleito.

E não é só isso. Como a prática de compra de votos é amplamente utilizada pelos partidos conservadores (há um vídeo do Agripino Maia falando de recursinhos para pessoas carentes “que não tem opinião, não tem nada quando candidato a governador do Rio Grande do Norte Aqui), toda eleição será legitimada porque eles são muitos, e são ricos, e continuarão com suas práticas comprando votos para legitimar o pleito. Logo, se você vota nulo para expurgar esses indivíduos da política, o que faz na prática é garantir a permanência deles no poder.

O recursinho para Agripino ser governador do RN

quarta-feira, 28 de abril de 2010

do Carta Maior

O comandante da guerra suja de Serra na internet



Deputado federal Brizola Neto (PDT-RJ) denuncia em seu blog que Eduardo Graeff, ex-secretário geral do governo FHC, tesoureiro do PSDB e homem forte da campanha de Serra, é o proprietário de domínios de páginas na internet criadas para promover uma guerra suja durante a campanha eleitoral. “Vou hoje à tribuna da Câmara, desafiar o discurso de bom-moço de José Serra. Toda esta sujeira é feita por seus homens de confiança”, afirmou o parlamentar.


Imaginem se o coordenador da campanha de Dilma Rousseff na internet ou o tesoureiro nacional do PT registrassem em seus nomes domínios de páginas web intituladas tucanalha.com.br ou tucanosmentem.com.br, que praticasse diariamente uma guerra suja na internet contra o candidato tucano. Seria notícia nacional, certo? Uma longa matéria no Jornal Nacional, manchetes indignadas nos jornais e portais de internet, comentários irados de colunistas nas rádios e televisões. Quem sabe, um pedido de CPI no Congresso?

Pois bem, o deputado federal Brizola Neto (PDT-RJ) publicou em seu blog Tijolaço os registros de domínios na internet mostrando que Eduardo Graeff, ex-secretário geral do governo FHC, tesoureiro nacional do PSDB e homem forte da campanha de Serra registrou em seu nome páginas destinadas a promover essa guerra suja durante a campanha eleitoral.

As informações veiculadas por Brizola Neto mostram até onde José Serra está disposto a descer nesta campanha presidencial. “Vou hoje à tribuna da Câmara, desafiar o discurso de bom-moço de José Serra. Toda esta sujeira é feita por seus homens de confiança”, afirmou o parlamentar.

Segue a íntegra da nota publicada por Brizola Neto, no Tijolaço:

Segui uma dica postada aqui e está aí ao lado, para quem quiser ver (no arquivo do blog). Além do site de ataques “gente que mente” (veja aqui a denúncia), assunto escandaloso e encoberto até agora, a direção do PSDB tem um “saco de maldades” preparado e reservado para a campanha suja que vai fazer na web nestas eleições. Reproduzo aí ao lado a página do registro.br que elenca os sites registrados em nome do Instituto Social Democrata, uma instituição criada pelo ex-presidente FHC, e dirigida pelo alto tucanato.

O ISD, que vive de doações privadas e contribuições de sócios, é, segundo seu estatuto, “uma sociedade civil sem fins lucrativos, destinada a promover o debate e a divulgação de idéias e teses da social democracia, buscando aprimorar o pensamento e as propostas de ação relativos aos relevantes problemas nacionais.”. Goza, por isso, de isenções fiscais.

A menos que nesta busca por “aprimorar o pensamento” se inclua o ataque vil e sujo, o que levaria esta intituição a registrar, no final de 2008, um site chamado “www.petralhas.com.br”? Não está no ar, foi ativado e desativado instantaneamente, para ficar guardado, no limbo, para utilização futura, talvez transferido para outro titular.

O responsável pelo registro é o senhor Eduardo Graeff, secretário-geral da Presidência do Governo FHC, tesoureiro nacional do PSDB e homem forte, junto com o ex-ministro (e secretário de Serra) Paulo Renato de Souza.A sede do ISD é em São Paulo, mas o registro está feito com um endereço residencial em Brasília, que esfumacei na imagem, mas está no original. Fiz o mesmo com o email pessoal do senhor Graeff, porque não faço jogo sujo, ao contrário dele, que não pode se escusar da responsabilidade por isso.

Vou hoje (28) à tribuna da Câmara, desafiar o discurso de bom-moço de José Serra. Toda esta sujeira é feita por seus homens de confiança.

Posso e vou reagir em defesa da campanha de Dilma Rousseff, porque devo lutar contra os métodos sujos da direita – porque ações sórdidas assim não merecem jamais o nome de social-democratas – que quer devolver o Brasil à condição servil.

Mas não posso reagir em nome do PT, embora, sinceramente, não tenha muitas esperanças que este o faça.



Fotos: Blog Tijolaço

sexta-feira, 23 de abril de 2010

com a preguiça do feriadão

Movimento dos Sem Mídia – MSM pede que Ministério Público investigue institutos de pesquisas

Eduardo Guimarães, presidente do MSM, deu entrada no Ministério Público de São Paulo, com representação contra os institutos de pesquisa por suspeita de fraude eleitoral cometida por um dos quatro grandes institutos (IBOPE, DATAFOLHA, SENSUS e VOX-POPULI).

Para o MSM, o disparate dos números apresentados como apurados pelos institutos configura crime eleitoral, mas, diferente da representação “cheia de erros” do PSDB, não indicou um instituto específico a ser investigado e pede seja investigado os quatro institutos citados, além de uma auditoria em todas as pesquisas realizadas entre os meses de fevereiro e abril deste ano e monitoração das pesquisas a partir de 23 de abril, para garantir a “ordem jurídica, o regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis”.

Cá pra nós: fiquei com uma pontinha de inveja do Edu, mais pela iniciativa que pela coragem. Acho que todos os que apoiamos essa iniciativa devemos, não apenas assinar o apoio na mensagem postada no Cidadania.com, mas também contribuindo financeiramente para garantir os custos dos movimentos do MSM. Já sugeri ao Eduardo que crie uma conta em nome do MSM e a disponibilize para todos e todas que apóiam o movimento.

OLHA A PROPAGANDA PRÓ-SERRA NO GLOBO

A chamada é para ler um artigo do Noblat, mas a foto postada é a do governador que alagou São Paulo José Serra. É uma maneira do Globo fazer sua parte no conceito de democracia jaboriana definida pelo Fórum do Millenium. Por que não a foto do Noblat?

rede de corrupção tucana em SP pode explodir com o pedido oficial de quebra de sigilo no caso Alston. Esquema de pagamento de propinas inclui todos os governos tucanos desde 1995 até hoje. Lista de suspeitos é encabeçada por Robson Marinho, chefe da Casa Civil de Mário Covas,entre 1995 e 1997 e desde então conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Ao longo de sucessivas gestões tucanas, a Alston 'ganhou' licitações importantes no Estado de SP, entre elas a venda de trens para o Metrô. A contrapartida era o pagamento de milhões de dólares por consultorias fictícias a empresas e laranjas ligados a setores do PSDB.. No governo Serra aumentaram os negócios com a Alston: de R$ 51 milhões na gestão Alckmin para R$ 69,5 milhões .Entre os suspeitos de recebimento de propina figuram , além de Robson Marinho, Mauro Arce, atual secretário de Transportes do governo Serra; Jorge Fagali Neto, irmão de José Jorge Fagali , atual presidente do Metrô; o ex-secretário de Energia de São PAulo e ex-genro de Fernando Henrique Cardoso, David Zylberstajn e o homem de confiança de Serra, Andréa Matarazzo.

(Carta Maior, revisitando arquivos e nomes que a Folha esqueceu;23-04)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Mídia e Pesquisas

Por que o TSE não exige uma explicação dos Institutos de Pesquisa?

Confesso estar muito assustado com os acontecimentos relacionados às eleições para presidente da República. O motivo? As questões éticas claro. Não considero existir uma verdade absoluta e considero a leitura de mundo, segundo a subjetividade, faça cada indivíduo se posicionar segundo as suas convicções e conveniências. Contudo, estamos assistindo a um disparate irracional no campo da ética.

Convenhamos! Esses donos das mídias já partidarizadas têm o direito de escolher de qual lado vai se posicionar frente às eleições? Óbvio que sim. Daí a utilizarem dos veículos sob seus domínios para tentar manipular a consciência coletiva, por se tratarem de concessões do Estado, e por serem veículos destinados a esclarecer a população com informações verossímeis, me parece ser um comportamento para uma ação enérgica, tanto por parte da concedente, neste caso o Estado, quanto do Poder Judiciário.

Nos últimos meses estamos assistindo a um espetáculo que seria cômico se não fosse trágico. Institutos de Pesquisa fazem consultas populares para saber das intenções de votos dos brasileiros. O resultado é tão dissonante, absurdamente antagônico, demonstrando haver algo de podre no reino dos sisudos. Qual dos institutos revela a verdade? Como fica a sociedade, a mesma a ser protegida pelo Estado, diante de informações tão desencontradas? Esse jogo onde “vale tudo” serve de exemplo para as novas gerações? Qual futuro se espera quando os homens de hoje educam tão porcamente os homens de amanhã?

Em ambos os casos, tanto os veículos de comunicação como jornais, revistas, rádios e TVs como os institutos de pesquisa merecem a intervenção do Judiciário. Não é possível conceber que instrumentos tão poderosos sejam utilizados de maneira a romper com a verdade e a justiça, numa clara tentativa de manipular a opinião pública. Vejam: isso não tem nenhuma relação com a posição tomada pelos donos das mídias cujo direito de escolher qual caminho seguir é e deve ser garantido, mas os veículos dos quais possuem a concessão não podem, não devem servir para agredirem a ética e a democracia brasileira, duramente conquistadas ao longo dos anos, inclusive ceifando a vida de muitos dos seus defensores.

A intervenção neste caso serviria de modo preventivo para equalizar racionalmente todos os desvios provocados pelas emoções e interesses pessoais. O emudecimento do órgão responsável pelo equilíbrio de forças nas disputas eleitorais o compromete quanto à sua isenção e imparcialidade. Nada se pode fazer quando as pesquisas são manipuladas com a claríssima intenção de alterar o comportamento subjetivo dos eleitores? Os veículos de informação deturpam a verdade, omitem fatos e inventam outros permanecem inadivertidos como se o jogo nada tivesse com os destinos do país e a qualidade de vida de seus habitantes. O Tribunal Superior Eleitoral nada pode fazer em nome de quem? Com qual razão se omite diante dos fatos?

Há muito estamos assistindo a um “vale tudo” quando se trata de benefícios para os mais abastados. Não conseguimos mais compreender a razão pela qual nossas crianças estão indisciplinadas e muito agressivas, violentas. Os valores disponíveis como paradigma a ser seguido são estes, onde não se mesuram esforços para ver determinada posição ideológica hegemônica. Neste jogo, o aprendente percebe ser justificável quaisquer meios para o levar ao fim desejado. Afetividade, respeito, solidariedade, justiça, igualdade etc., só fazem sentido quando nos vemos em posição inferior.

Alguma coisa precisa ser feita no campo da Legislação Eleitoral. Os interesses presentes no Senado Federal e na Câmara Federal me leva a defender uma Constituinte exclusiva para a reforma política. Os parlamentares eleitos teriam 2 anos para apresentar à nação uma nova legislação versando, inclusive, sobre o comportamento das mídias e dos institutos de pesquisa nos períodos pré-eleitorais e eleitorais propriamente ditos. À eles não seriam permitidos disputar novas eleições por um período de quatro anos, como uma quarentena. Isso evitaria os políticos profissionais fazedores de cada pleito oportunidade para se perpetuarem no poder. Além dos deputados constituintes, a sociedade civil organizada poderia participar apresentando propostas que tornem mais justas e equilibradas as disputas.

Uma coisa é fato: se a liberdade provoca rupturas na ordem social, há de se tornar Lei as regras que a regulem para proteger os menos favorecidos. No meu caso, disponho apenas deste blog, enquanto que os donos de mídia se cartelizam e disponibilizam grandes veículos para expressarem suas ideologias. É preciso fazer alguma coisa. E se não há equilíbrio entre nós, que intervenha o judiciário.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Isso é uma vergonha!

AFINAL, O QUE A REPÓRTER APUROU DE FATO?


Paula Litaiff deve ter um puta diploma da Academia. Digo deve porque pode ser que ela ainda não o tenha, mas o fato é que ela faz parte de uma classe de jornalista que escreve aquilo que "ouvi falar" ou "recebi um email". Como eu tenho afirmado, o jornal O Globo já fez a sua opção política e tem atuado jornalisticamente como um porco a fuçar a lama, por isso alguns blogueiros o chamam de porcalismo ou jornalixo, ou seja, se é contra o governo ou a candidata indicada por ele, publique-se!

Nesta matéria [veja Prt Sc abaixo] algumas perguntas devem ser feitas. Há duas versões de um único fato: a primeira, ela diz, são "informações de moradores da cidade" e a segunda ela diz que o ministério dos transportes negou a informação dizendo que o que houve foi "desmontagem da rampa flutuante". Afinal, o que foi que a repórter apurou de fato? Se ela diz que tem informações de moradores da cidade ela foi lá e ouviu os moradores? E se foi lá, porque não foi ao local e investigou a informação. Se não foi até a cidade de Humaitá, no Amazonas, quem foi a sua fonte e qual a confiabilidade dela? Em tempos digitais não há uma foto de celular sequer?

Quatro anos de academia não pode acabar nisso. Jornalista com diploma tem que ser diferente (bLOgDoRiLDo). Pra fazer isso aí, não é necessário passar pela Academia.

sábado, 10 de abril de 2010

Marina Silva e Trolls

Marina Silva fará campanha em Minas Gerais no fim de semana

Marina Silva, do PV (foto de Wilson Dias - ABR)

Pobre Marina!

A candidata do PV patina na casa dos 5% das intenções de votos em todas as pesquisas, inclusive naquela bastante suspeita que o datafolha, da Folha de São Paulo, veículo declaradamente serrista, fez e que mostrou José Serra 9 pontos à frente da candidata Dilma Rousseff.

Numa tentativa de alcançar o reconhecimento eleitoral, Marina Silva, que até bem pouco tempo estava no Ministério do Meio Ambiente do governo Lula, se presta a manipulação dessa grande mídia numa relação simbiôntica, quando ambos se beneficiam do que se trata ali. Ou seja, para essa mídia é interessante o desgaste do governo federal e qualquer coisa que digam negativamente será amplamente divulgado como notícia; para Marina, é a oportunidade de estar aos olhos dos leitores, ouvintes e expectadores da grande mídia.

No jogo político há um cenário bastante preocupante para as eleições de 2010. Sob o manto do "Fórum do Milleniun", orquestrado pelo ex-comunista e marionete global, o cineasta Arnaldo Jabor apresentou o modelo de democracia na qual se pautarão no posicionamento quanto às eleições presidenciais. Jabor se apresenta como o maestro a reger o coro odioso contra o PT e a candidata Dilma Roussef setenciando: Então tem que haver um trabalho a priori contra isso, uma atitude de precaução dos meios de comunicação. Temos que ser ofensivos e agressivos, não adianta reclamar depois (Bia Barbosa, Carta Capital).

Ao que parece o encontro serviu como um reavivamento de forças para a retomada do poder pelo grupo de FHC. Bia Barbosa disse que o encontro do Millenium foi “verdadeira aula sobre como organizar uma campanha política que foi dada pelos representantes dos grandes veículos de comunicação” contra Dilma Rousseff. E Marina? O que ela tem que ver com isso? Ora meninos! Ora meninas! Ela vai fazer o papel de referência para o discurso desse grupo que já perdeu a credibilidade a ponto de fazer com que seus veículos percam leitores, ouvintes e expectadores. Daí que Marina serviria como a propagadora dos seus (da mídia) ideais, de suas “éticas”, de sua “democracia” e ferramenta de combate contra a candidatura de Dilma Rousseff e da credibilidade do governo Lula.

E ela se presta a isso por conta da necessidade de espaço midiático. Não fosse isso, sua tática seria outra, ou vocês pensam que se ela fizesse críticas contundentes ao governador de São Paulo essa mídia publicaria? Duvi–d –ó–dó! E mais: se ela ameaçasse de algum modo nas pesquisas eleitorais com dois dígitos em percentuais, vocês pensam que a mídia daria espaço à ela? Duvi–d –ó–dó! Eles sabem o que fazem. Manipulam as informações e as pessoas que se deixam manipular.

TROLLS

Você sabe o que é um troll? Vou tentar ser didático: vamos ler a matéria da Folha de São Paulo.


Tucano contrata especialista em Twitter

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governador José Serra (PSDB), que já é usuário habitual do Twitter como ferramenta de conversação, montou uma equipe para gerenciar as ferramentas virtuais de sua campanha ao Planalto. O núcleo contará com a jornalista e publicitária Ana Maria Pacheco, encarregada de abastecer e administrar o microblog do tucano, que deverá inclusive anunciar o lançamento oficial de sua candidatura.

Sua página, cuja autenticidade é certificada pelo provedor do serviço, alcançou a marca de 181 mil seguidores.

Antes do início formal da campanha, o mecanismo já produziu resultados que encorajaram a equipe de Serra. O termômetro foi uma mensagem postada pelo governador em que ele retrucava boatos espalhados em Manaus (AM) segundo os quais seria contrário à Zona Franca. “O boato sobre acabar com a Zona Franca de Manaus é molecagem antiga. Aparece sempre em ano eleitoral”, respondeu Serra ante o comentário de um internauta. O texto foi replicado exaustivamente em veículos de abrangência regional e, dizem os tucanos, minimizou o dano político da suposta boataria.

Segundo o tesoureiro da Executiva Nacional do PSDB, Eduardo Graeff, o partido já montou estrutura para maximizar dividendos eleitorais do ciberespaço e espera receber doações via internet, com cartões de débito e crédito (Folha).

Essa é uma estratégia do grupo serrista cuja mídia (Folha, Estadão, Veja, IstoÉ, RBS, Zero Hora, O Globo, CBN, Rede Globo e afiliadas etc.) arruma para construir um cenário favorável ao candidato de FHC. Mas Luis Nassif desmonta essa farsa midiática e comenta:

A matéria é despiste, mostrando a parte menos relevante da estratégia, que é o lado oficial, público do Twitter.

Por baixo, já foi montada uma estrutura de guerra, cujo mentor é Eduardo Graeff. Vai surpreender amigos e conhecidos de velhos tempos, mas o doce Graeff mudou bastante, da água para o vinho, ou de FHC para Serra. Tornou-se o elo com uma espécie de submundo da Internet especializado em assassinatos de reputação.

Sua primeira experiência foi com um blog apócrifo, para o qual contratou blogueiros especializados em ataques anônimos contra adversários. Foi desmascarado por uma nota da Mônica Bérgamo que descobriu que o endereço tinha como titular o PSDB do Distrito Federal.

Agora, está por trás do lado obscuro dessa estratégia da Internet. Não se trata apenas de difundir ideias e desmentir acusações, mas de montar um sistema barra pesada para ataques individuais contra adversários e blogueiros tido como inimigos.

A matéria não mostra esse lado obscuro da estratégia, mas é possível identificar algumas dessas táticas. Primeiro, monta-se uma estrutura de atiradores barra-pesadas, profissionais contratados ou ligados ao PSDB ou localizados pelo Twitter. Há a assessoria da FSB Comunicações, que montou uma base em Brasília para monitorar “inimigos” na Blogosfera. É possível identificar nessa rede políticos e seguidores menores do PSDB em vários estados, associações de blogs de ultra-direita em Santa Catarina, ou pessoas que se apresentam como jornalistas em cidades pequenas.

Identificados (ou contratados) os barra-pesadas, uma das maneiras de adensar essa estrutura é através de elogios de Serra, pelo seu Twitter, a pessoas escolhidas. É o caso de uma nota indicando um desses atiradores (cuja alcunha é sinônimo de “delator”) à massa de 180 mil seguidores do Twitter de Serra. Pelo Twiiter, basta clicar no endereço incluído na mensagem para ir ao Twitter do indicado e tornar-se seu seguidor. Com a indicação, aumentam os seguidores do tal delator e adensa-se a rede dos barras-pesadas.

É uma tolice monumental. A grande guerra da Internet não se dá em torno de ataques bobos à reputação de adversários, mas na batalha de argumentos em torno de cada tema, cada factóide levantado. Ofensas, acusações, baixarias, impressionam apenas um submundo que já tem suas posições fechadas.

Aqui, um levantamento de alguns dos twitteiros mais agressivos – selecionei aqueles dos quais recebi ataques mais o tal Gravataí Merengue, que não me ataca diretamente por estar sendo processado. Cruzei seus dados com os do Twitter do PSDB.

Certamente você já visitou um desses jornais (O Globo, Folha, Estadão) on-line em que ao fim de cada matéria uma opção para comentar a notícia. Se repararem bem, há comentaristas que utilizam formas depreciadoras que fogem ao bom debate. Não há uma crítica consistente, mas ofensas gratuitas que desestimulam os leitores críticos ao debate. Estes são Trolls que pode ser definido assim:


Um troll, na gíria da internet, designa uma pessoa cujo comportamento tende sistematicamente a desestabilizar uma discussão, provocar e enfurecer as pessoas envolvidas nelas. O termo surgiu na Usenet, derivado da expressão trolling for suckers (lançando a isca para os trouxas), identificado e atribuído ao(s) causador(es) das sistemáticas flamewars (Wikipedia).

O jornalista Luiz Carlos Azenha publicou em seu sítio um artigo (LEIA AQUI) muito interessante a respeito do banditismo digital e apresenta algumas sugestões para que o internauta não caia nesse golpe. Segundo Emerson Luis, no mesmo sítio (AQUI), a


tática do troll, quase sempre, é começar “testando hipóteses” para sentir a lista de discussão (ou comentários). Em época eleitoral, a prática é a mesma, muitas vezes remunerada, alterando somente o fim da ação para a ofensa a um candidato ou as idéias que este defende perante seu provável eleitorado.

Chegamos, finalmente, a conclusão de que esta eleição será um jogo de inteligência onde os incautos reconhecerão gatos como lebres, lobos como cordeiros, e o pior que o resultado disso pode influenciar, e muito!, na vida de todos e todas.

terça-feira, 6 de abril de 2010

do blog do miro




O ex-presidente FHC está magoado e não consegue mais conter sua língua. Neste fim de semana, ele publicou mais um artigo rancoroso contra Lula e a candidata Dilma Rousseff. Até colunistas da mídia demotucana notaram sua dor. Josias de Souza, da Folha, registrou: “Fernando Henrique Cardoso não parece disposto a cumprir o papel de coadjuvante que o seu partido, o PSDB, lhe atribuiu na eleição de 2010”. Já Dora Kramer, do Estadão, tomou as dores do amigo e espinafrou o “tucanatinho” que trata o pobre FHC como “um cunhado que vive dando vexame”.
É muita maldade! O ex-presidente não foi convidado para a festança de despedida de José Serra do Palácio dos Bandeirantes e foi excluído do convite oficial de lançamento da candidatura. “O tucanatinho acha que ele não fica bem na fotografia do vigoroso partido onde vicejam próceres cuja capacidade de distinguir credibilidade de popularidade é nenhuma... Acha que isso os autoriza a jogar no lixo o respeito devido a quem permitiu que o partido iniciasse sua trajetória de vida pela rampa do Palácio do Planalto”, lamentou Dora Kramer, a bajuladora de FHC.
O autoritário fala em democracia
Magoado, o sociólogo da nobreza neoliberal escreveu seu terceiro artigo raivoso em curto espaço de tempo. No anterior, ele cometera a deselegância de rotular Dilma Rousseff de “boneca de ventríloquo”. No deste domingo, ele aproveitou a onda anticomunista para comparar o governo brasileiro ao da China, que combinaria desenvolvimento econômico com partido único. Em tom terrorista, o rejeitado FHC adverte as elites que a eleição de outubro colocará em jogo “a própria concepção do que seja democracia”. Dilma seria a expressão do mais perigoso autoritarismo!
O cínico FHC – que rasgou a Constituição e comprou deputados para garantir sua reeleição, que acionou o Exército contra a greve dos petroleiros, que demonizou o MST e que desqualificou as críticas ao seu governo como “nhenhenhém” – garante que Lula conduz o país a “um modelo de sociedade” autoritário, de “pensamento único”. Para ele, a candidatura Dilma Rousseff seria o ápice desta orientação, “que se descola da tradição democrática brasileira, para dizer o mínimo”.
O neoliberal ataca o desenvolvimento
O neoliberal – que desmontou o Estado, a nação e o trabalho, paralisando a economia e causando recordes de desemprego – ainda condena a política desenvolvimentista do atual governo. Feroz inimigo de Getúlio Vargas, FHC agora descarrega seu ódio contra Lula, que estaria patrocinando “uma forma de capitalismo na qual o governo e as grandes corporações, especialmente públicas, unem-se sob a tutela de uma burocracia permeada por interesses corporativos e partidários”. Ele parece incomodado com os índices de crescimento econômico e de geração de emprego e renda.
Oportunista, FHC também dispara bravatas. Ele critica “as alianças feitas sem preocupação com a coerência político-ideológica”. Será que está se referindo a aliança entre tucanos e demos, entre os neoliberais “modernos” e a oligarquia conservadora, criada na estufa da ditadura militar? Ele ataca ainda a “leniência com a corrupção”, talvez numa autocrítica atrasada sobre os seus rasgados elogios ao governador José Roberto Arruda, o “vice-careca” de Serra que permanece preso. Mais sujo do que pau de galinheiro, o ex-presidente insiste em vender a imagem de paladino da ética.
Enterrado em vida pelos seus
Como ironiza o sociólogo Emir Sader, o ex-presidente não vai parar com o seu “trololó” – para usar expressão recente do tucano José Serra num acesso de raiva contra os professores em greve. “O tamanho da vaidade de FHC parece ser o maior adversário de seus correligionários de partido e ex-colegas de governo... Ele não agüenta ver o seu governo atacado e não contar com ninguém que o defenda – como aconteceu no segundo turno de 2006... Eles se deram conta que aceitar a comparação entre os dois governos – o de Lula e o de FHC – é o caminho seguro da derrota”.
“Triste figura a do FHC. Rejeitado por seus correligionários, pela rejeição que sofre do povo brasileiro, funciona como clown, como personagem folclórica, lembrança de um passado que o governo luta para terminar de superar e a oposição para tentar esquecer e apagar da recordação dos brasileiros. Escondido pelos seus, repudiado pelos seus adversários, enterrado em vida pelos seus, tomado como anti-exemplo por seus adversários”, conclui Emir Sader.